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Empresário é sequestrado no Ipiranga!

  • Foto do escritor: Vinícius De Lauri Ribeiro
    Vinícius De Lauri Ribeiro
  • 31 de mar.
  • 2 min de leitura

Empresário escapa de sequestro no Ipiranga após dopar criminoso

Um caso digno de roteiro de cinema movimentou a polícia de São Paulo nos últimos dias. Um empresário espanhol de 25 anos, identificado como Rodrigo Pérez Aristi Sá, foi sequestrado na última segunda-feira (24) no bairro do Ipiranga, zona sul da capital paulista. Dois homens armados, disfarçados com uniformes falsos da Polícia Civil, abordaram a vítima alegando que ele era procurado pela Interpol.

O empresário foi algemado e forçado a entrar em uma caminhonete com insígnias oficiais, sendo levado para um cativeiro em um sítio localizado no distrito de Biritiba Ussu, em Mogi das Cruzes, região metropolitana.

Dias de cativeiro e fuga surpreendente

Durante cinco dias, Rodrigo ficou preso em um quarto simples, algemado a uma cama e mantido sob efeito de sedativos, além de ser ameaçado e agredido pelos sequestradores.

Os criminosos realizaram transações bancárias e movimentações em criptomoedas a partir das contas do empresário, resultando em um prejuízo estimado em aproximadamente US$ 50 milhões (mais de R$ 250 milhões).

Para escapar, Rodrigo conquistou a confiança de um dos sequestradores e utilizou o mesmo medicamento que era usado para sedá-lo contra o criminoso. Com o homem desacordado, conseguiu se soltar das algemas e fugir até um bar nas redondezas, onde pediu ajuda e acionou a Polícia Rodoviária Federal.

Prisão de um dos suspeitos e investigação em andamento

A localização do cativeiro foi informada às autoridades, que iniciaram uma incursão no local. Um dos suspeitos tentou fugir, mas foi capturado e identificado como Ronaldo Batista, policial militar reformado. Ele confessou participação no crime e foi preso em flagrante. Em sua posse, foram encontradas armas, munições, algemas e celulares. Sua prisão foi convertida em preventiva após audiência de custódia.

O paradeiro do segundo sequestrador ainda é desconhecido, e as investigações seguem em curso para identificar possíveis outros envolvidos e tentar recuperar os valores desviados.

Empresário era investigado por crimes financeiros

O caso, que está sendo conduzido pela Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), tem o apoio da Polícia Federal, pois o nome de Rodrigo aparece em investigações de crimes financeiros na América do Sul, incluindo Paraguai e Equador.

Há suspeitas de que ele tenha envolvimento com fintechs acusadas de fraudes, o que levanta questionamentos sobre a natureza do crime: teria sido um sequestro real ou um ajuste de contas entre grupos criminosos?

A Polícia Federal segue apurando sua situação legal no Brasil. Ele foi levado à Superintendência da PF em São Paulo para prestar esclarecimentos, mas preferiu se manter em silêncio diante da imprensa.

Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública trata Rodrigo como vítima de sequestro e extorsão, mas o histórico do empresário e a complexidade do caso mantêm as autoridades em alerta.


 
 
 

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