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A Nova Estação Ipiranga: Reconstrução, Memórias e o Que Vem Pela Frente

  • Foto do escritor: Vinícius De Lauri Ribeiro
    Vinícius De Lauri Ribeiro
  • 7 de abr.
  • 2 min de leitura


Inaugurada em 1886 e símbolo de transformações no bairro, a Estação Ipiranga será totalmente reconstruída. O novo projeto promete integração, modernidade e uma reconfiguração completa do espaço urbano — mas não sem levantar questionamentos e saudade da arquitetura original.


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No dia 1º de abril de 2024, celebramos os 139 anos da Estação Ipiranga — um marco na história do nosso bairro e da cidade. Construída em 1886, a estação nasceu para servir às obras do Museu do Ipiranga e, com o tempo, passou a conectar pessoas, memórias, bairros e histórias. De lá pra cá, muita coisa mudou, mas a estação seguiu ali: presente no cotidiano de quem vive, trabalha ou transita pela região.


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Agora, passados quase 140 anos da sua criação, a Estação Ipiranga passará por uma transformação total. As obras da nova estação começaram oficialmente no dia 7 de agosto de 2024, com previsão de entrega para o segundo semestre de 2027. O investimento, de R$ 479,5 milhões, é do Governo do Estado de São Paulo, e o projeto será executado pela Companhia do Metrô.

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A nova estação terá integração direta entre a Linha 10–Turquesa da CPTM e o monotrilho da Linha 15–Prata, além de acessibilidade com elevadores, escadas rolantes, plataformas cobertas, passarelas modernas, bicicletário, paisagismo e ligação com os dois lados da via férrea — algo há muito esperado por quem circula na região.



A estimativa é que, quando finalizada, a estação atenda até 28 mil passageiros por dia.


Mas, enquanto o futuro se aproxima, o presente também pede atenção: o entorno da estação está visivelmente degradado, com calçadas quebradas, insegurança, iluminação precária e sinalização deficiente. É um ponto importante da cidade que, apesar de seu peso histórico, há tempos pede por cuidado. Segundo o Metrô, a reconstrução da estação também prevê a reurbanização do entorno — o que pode representar uma virada para a região.


A estação atual, que foi reformada pela última vez em 1959 com projeto funcional e moderno para a época, segue em funcionamento. Até o momento, não há informação oficial de que será desativada durante as obras. Em fevereiro de 2024, houve uma interrupção pontual no serviço para remoção de uma passarela, e a CPTM ofereceu ônibus gratuitos durante o período afetado.

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Sentimos, sim, pela perda de uma arquitetura clássica e única, que marcou gerações com suas portas giratórias e estrutura robusta. Mesmo com o desgaste do tempo, há algo de simbólico e afetuoso naquele prédio. E é natural que mudanças tão grandes despertem dúvidas e sentimentos mistos na população.


A grande questão que paira agora é: a nova estação conseguirá melhorar a mobilidade, valorizar o bairro e, ao mesmo tempo, preservar o que essa construção representa? Será possível equilibrar modernização e memória?


Seguiremos acompanhando.

 
 
 

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