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DJ Topo: Trajetória, Sucessos e Conquista do Rock in Rio

  • Andrea Bulbarelli
  • 1 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

Hoje trazemos uma entrevista exclusiva com DJ Topo, um talento nascido e criado no bairro do Ipiranga, que está levando sua música para o cenário global. Conhecido pelo remix de “Quem Não Quer Sou Eu”, em parceria com Seu Jorge, DJ Topo combina suas influências familiares e culturais para criar um estilo único que mistura funk com outras sonoridades. Descubra mais sobre sua trajetória, suas conquistas e os planos que ele reserva para o futuro após sua recente e elogiada performance no Rock in Rio 2024.

Entrevista:


Ipirangando: Você cresceu no Ipiranga, um bairro cheio de história e cultura. Como esse ambiente contribuiu para o desenvolvimento do seu estilo musical, que mistura o funk com diversos ritmos? De que maneira suas raízes no bairro ainda influenciam suas produções atuais?

DJ Topo: “Cresci com muita influência do meu avô, que foi o fundador da escola de samba Imperador do Ipiranga. Sempre estive cercado por uma diversidade musical muito grande – MPB, samba, batidas brasileiras. Isso me influenciou a criar algo diferente e buscar sempre referências antigas, inspiradas, muitas vezes, pelo meu avô.”

Ipirangando: Há alguma memória específica do Colégio SANFRA que você diria que teve um impacto significativo em sua carreira musical?

DJ Topo: “Lembro que, quando era mais novo, sempre participava das aulas de música e de eventos culturais e religiosos, onde precisava tocar algum instrumento. Eu tocava guitarra e fazia parte de um grupo com outros integrantes.”


Ipirangando: Sendo neto de Dr. Laerte Toporcov, com raízes familiares fortes no bairro, como isso se reflete na sua música e identidade como DJ?

DJ Topo: “As músicas brasileiras e carnavalescas sempre me influenciaram. Meu avô dizia para ‘fazer o nome da família’ e eu internalizei isso. Meu nome artístico, DJ Topo, é uma homenagem ao sobrenome Toporcov.”

DJ Topo com os avós Cássia e Laerte Toporcov e Rodrigo, irmão mais novo (arquivo pessoal)

Ipirangando: Além do nome, de que outras maneiras você busca honrar seu legado familiar em sua música e apresentações?

DJ Topo: “Eu sempre tento incluir a família nos meus projetos. Meu tio Maurício me ajuda muito, meu pai, Murilo, também está sempre envolvido, e até já fizemos uma apresentação juntos.”

Ipirangando: Como você começou sua carreira musical e quais foram os principais desafios que enfrentou no início?

DJ Topo: “Comecei tocando guitarra em uma banda de rock, mas logo percebi que o rock não era tão popular entre a geração mais jovem. Depois, descobri a música eletrônica e criei um projeto de DJ, mas também foi difícil entrar no mercado. Só quando comecei a usar o TikTok e explorei o estilo funk rave que encontrei minha voz. A plataforma me ajudou a divulgar minhas músicas para milhões de pessoas.”


Ipirangando: Sua versão de ‘Quem Não Quer Sou Eu’ em parceria com Seu Jorge foi um grande sucesso. Como essa colaboração surgiu e qual foi o impacto na sua carreira?

DJ Topo: “Eu queria fazer um remix de uma música antiga de MPB, algo que tivesse impacto. Quando vi a música ‘Quem Não Quer Sou Eu’ sendo usada no TikTok, percebi que era a faixa certa. Postei uma prévia e a música explodiu, o Seu Jorge tomou conhecimento, aprovou, e decidimos lançar juntos. O sucesso foi enorme – conseguimos o disco de Diamante Triplo e ficamos no topo do Spotify e da Billboard Brasil por mais de um mês.”


Ipirangando: Como o TikTok desempenhou um papel importante na sua ascensão musical?

DJ Topo: “O TikTok me ajudou a testar prévias de músicas e ver a reação do público em tempo real. Isso acelerou o processo de saber em quais projetos trabalhar e lançar com mais assertividade.”


Ipirangando: Você já colaborou com artistas renomados, como MC Livinho. Quais são algumas das suas colaborações mais memoráveis?

DJ Topo: “A parceria com MC Livinho foi uma das mais marcantes. Já tínhamos feito uma música de forma online, mas depois trabalhamos juntos no estúdio. Além disso, também tive colaborações com Pedro Sampaio e outras parcerias que ainda não posso revelar.”


Ipirangando: O Rock in Rio foi um marco em sua carreira. Como foi essa experiência e como ela impulsiona seus próximos passos?

DJ Topo: “Foi uma experiência inesquecível. Pude trazer as influências do rock, que fazem parte da minha história, e misturá-las com o funk, numa grande celebração. A recepção foi incrível e isso reforçou ainda mais minha vontade de expandir internacionalmente.”


Ipirangando: Quais são seus planos futuros na música? Alguma colaboração dos sonhos que gostaria de realizar?

DJ Topo: “Meu objetivo é internacionalizar minha carreira e levar o funk brasileiro para públicos na América Latina, Europa, Estados Unidos e Ásia. Quanto às colaborações, eu adoraria trabalhar com Pharrell Williams, Kanye West, Paul McCartney e Elton John – eles são grandes inspirações para mim.”

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